terça-feira, 23 de outubro de 2012





Declaração / Manifesto 
 

(Da exclusiva responsabilidade das Confederações promotoras) 

ORÇAMENTO DO ESTADO 2013   



"Propostas dos agentes económicos e sociais”


O Encontro/Debate decorreu da necessidade sentida pelos Agentes Locais, representantes de domínios

relevantes - a nível Nacional - das economias produtiva e social, de um diagnóstico exaustivo da realidade e

da inventariação de medidas alternativas e/ou complementares à proposta de OE2013.

O Encontro/Debate contou com a participação dos Presidentes da Câmara Municipal do Seixal (Prof. Alfredo

Monteiro), da CPPME (João Pedro Soares, Dr.) e da CPCCRD (Augusto Flor, Dr.) – e do Professor Doutor

João Ferreira do Amaral, economista e membro do CES que, na qualidade de convidado especial, dissertou

sobre “As Alternativas a Uma Política sem Futuro”.


A pluralidade das intervenções, bem como a sua qualidade, corroboram a vitalidade dos micro, pequenos e


médios empresários (MPME's) bem como do movimento associativo popular (MAP), e ilustram a sua

preocupação com as políticas agressivas que, de modo continuado, poem em causa a sua sustentabilidade.

Do Encontro/Debate resultou um conjunto de propostas, assumidas pelos agentes económicos e sociais

presentes, que consideraram como prioridade e para imediata apresentação aos órgãos de poder, para

serem consideradas no OE de 2013, nas seguintes areas:

Fiscalidade;
Fim da existência de instrumentos de tributação como o PEC – Pagamento Especial por

Conta, que faz pagar o mesmo a realidades e rendibilidades de exercício muito diferenciadas e o

PPC – Pagamento por Conta, que obriga à antecipação de verbas com base nos resultados do exercício
 
anterior, sem qualquer garantia de que no ano em curso os mesmos se verifiquem sobretudo em
 
contexto de recessão económica;
 

Criação de coeficiente técnico/científicos para as MPME’s, há anos anunciados mas nunca

concretizados;

• Redução imediata do IVA da restauração e bebidas, incluindo as actividades de bares e

restauração do MAP;
 
•  Redução do IVA para 6% , no MAP, nas actividades estatutariamente exclusivas a sócios, tais
como práticas desportivas, culturais e/ou recreativas e em espectáculos próprios; 
 

 • Criação do IVA de caixa, ou seja, com entrega, após boa cobrança;
•  Adaptação do Estatuto de Benefícios Fiscais (Mecenato) facilitando e estimulando a cooperação
entre estes dois sectores de forma transparente e eficaz; 

Majoração, em sede de IRC e IRS, das iniciativas conjuntas entre MPME,s MAP, motivando a

responsabilidade social das empresas; 

Isenção do IMI nos primeiros 4 anos de actividade; de IMT, na aquisição de imobiliário para
 
actividades próprias das MPME’s e do MAP; Manter a isenção total de IMI para as

colectividades com estatuto de Utilidade Pública, e com teto máximo para as restantes, não

superior ao valor mínimo de lei (IMI Social);  
Regulação da avaliação Patrimonial de modo a que os Valores Patrimoniais Tributários do
imobiliário não sejam superiores aos valores venais da realidade praticada no mercado.  



Financeira;

Criação de linhas de crédito para as MPME’s e para o MAP para fomento das actividades 

produtivas, económicas e sociais, e a juros controlados, onde a instituição pública Caixa Geral de
Depósitos (CGD) tenha o papel fundamental.
Criação de uma linha de crédito bonificado, no valor de 100 milhões de euros, a serem utilizados

pelo MAP em investimento (60%) e em saneamento financeiro (40%). Esta linha de crédito deverá

estar disponível na CGD e/ou Montepio Geral, nas mesmas condições em que foi disponibilizado
para as IPSS’s.
Estabelecimento de acordos com as Finanças e a Segurança Social, que permitam assumir

compromissos, viáveis, de pagamento das dívidas ao Estado, com prazos mais dilatados e juros
mais baixos.

 
Desenvolvimento Económico e Social;

•  Potenciar as actividades económicas do País, com o aproveitamento dos recursos nacionais,

promovendo o investimento produtivo (público e privado) centrado no Mercado Interno Nacional e
sob a égide de um Plano de Desenvolvimento Nacional;

•  Definir medidas urgentes para reactivar o sector da Construção e Imobiliário, viabilizando o

pagamento imediato das dívidas da administração central, regional e local, contribuindo para a
liquidez necessária ao funcionamento das empresas;

•  Lançar um programa de apoio à reabilitação da rede viária, do tecido urbano degradado

(hospitais, escolas, esquadras, prisões) e do patrimonio histórico existente; 

•  Criar o Ministério da Construção e Obras Públicas, dotado dos recursos humanos e técnicos

necessários;

•  Criar o Estatuto de Utilidade Pública Municipal de forma a reconhecer e apoiar o MAP, ao nível

local, com medidas concretas deliberadas pelos órgãos autárquicos;  

•  Rever com urgencia a nova Lei do Arrendamento Urbano (Lei Nº 31/2012, 14 de Agosto),

nomeadamente na vertente «arrendamento não habitacional», que a ser aplicada aumentará 
brutalmente o valor das rendas e promoverá despejos em massa e consequente encerramento dos 
estabelecimentos e coletividades;

•  Desenvolver iniciativas que visem a cooperação/reciprocidade ao nível local entre os MPME’s 

e MAP de forma a valorizar e dinamizar o espaço público, particularmente nas sedes de concelho e 

zonas históricas;

•  Reduzir os custos energéticos (electricidade, gás, combustíveis), taxas de resíduos sólidos

urbanos, bem como todo o tipo de licenças obrigatórias;

•  Criar, no âmbito do POPH/QREN, programas de apoio à Formação específica para estes

sectores;
 
•  Impedir o licenciamento de novas grandes superfícies e exigir o seu encerramento aos

domingos;
 
•  Reduzir os custos de acesso à Justiça. Simplificar e dar maior celeridade nos processos das

MPME’s.   
 
•  Definir medidas de prestação de Apoio Social para os micro e pequenos empresários, em

condições de necessidade justificada; 

•  Criar um Órgão de Auscultação obrigatória, por parte do Estado, para todos os assuntos

que respeitem à actividade destes parceiros sociais, nomeadamento no cumprimento da Lei 34/2003

(Estatuto do MAP) e na atribuição do Estatuto de Parceiro Social à Confederação Portuguesa de

Micro Pequenas e Médias Empresas (CPPME).


Seixal, 16 de Outubro de 2012

 


 
 




 
 

 
 
 
 
 


 
 
 
 





 
 
 
 




 
 



 
 










 


 
 
 




 
 






 
 




 
 
 



 
 





 
 

 


 
 

 



 
 



 
 






 

 


 
 

 


 




 

 




 
 




 

 



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