Incumprimentos na
entrega do IVA
As
Micro e Pequenas Empresas estão à beira de um ataque de nervos derivado aos
brutais encargos fiscais, acrescidos dos aplicados pelo Estado aquando do
Incumprimento do IVA.
As
dívidas das empresas ao Estado devem ter a mesma gravidade e conformidade que
as dívidas do Estado às empresas.
Os
micro e pequenos empresários são pessoas de bem e entidades responsáveis que,
de uma forma geral, cumprem com as sua obrigações para com o Estado e a
Sociedade.
Não
fosse a brutal e chocante carga fiscal que as empresas têm de suportar - que se
agrava a cada dia que passa, em conjugação com a contracção do mercado interno,
o desemprego galopante, o empobrecimento dos portugueses e a recessão da nossa
economia, fruto das políticas erradas que os vários governos têm prosseguido -
provavelmente o Incumprimento do IVA para com o Estado não atingia as
proporções que está a atingir.
A
brutal quebra do poder de compra dos portugueses gerou, tinha forçosamente de
gerar, uma tremenda quebra do volume de vendas e carteira de encomendas.
Hoje,
quem não entregar a verba retida de IVA no dia certo é no imediato penalizado
em 30%, mais 1% ao mês. Ninguém que viva com honestidade do seu trabalho
suporta tal carga fiscal!
Se
o Governo não pretende atirar para o desemprego e para a miséria milhares de
micro e pequenos empresários, suas famílias e os trabalhadores a seu cargo, só
lhe resta tomar medidas urgentes que invertam a actual situação de
estrangulamento do negócio, angústia e desespero.
A par
de outras medidas que a CPPME tem tornado públicas para a área fiscal, também
para esta exige que o Governo altere urgentemente esta incompreensível
penalização e contribua para ultrapassar a situação difícil em que se encontram
milhares de micro e pequenos empresários, podendo passar pelas seguintes
medidas:
1.
Que se aprove uma moratória que permita o
pagamento das dívidas em atraso do IVA dilatada no tempo, para ajudar as
empresas a manterem-se na actividade económica.
2.
Que no acordo entre o Estado e a Empresa,
sempre que haja dívida do Estado (local e/ou central) a essa empresa, se
proceda a acerto de contas;
3.
Que seja extinta de imediato a chocante taxa
de 30%, mais 1% e seja criada uma taxa de penalização no valor das taxas pagas
pelo Estado, relativas às dívidas aos seus credores;
4.
Que seja criada uma Linha de Crédito
sustentada pelo IAPMEI, através da Caixa Geral de Depósitos, que tenha como
objectivo o pagamento dos valores em dívida, a juros aceitáveis.
A
CPPME exige ainda ser ouvida e participar na procura de soluções que visem os
interesses dos MPE e do País.
Seixal,
11 de Março de 2013
O
Executivo da Direcção da CPPME
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