Congresso
Internacional de Esteticismo Profissional
Lisboa, 16 Outubro 2016
Sessão
de Abertura
Jorge
Pisco
Vice-Presidente
da Direcção da CPPME
Começo por agradecer à Associação Nacional de Esteticismo Profissional – ANEP, o convite endereçado à Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas – CPPME, para participar na Sessão de Abertura, permitindo deste modo trazer uma saudação calorosa a todos os profissionais participantes no Congresso Internacional de Esteticismo Profissional.
Os temas em análise neste Congresso poem em destaque a importância que os cuidados estéticos têm na actualidade, fazendo parte do bem-estar social e individual, norteados pelos princípios da excelência e elevada qualidade.
Os temas em análise neste Congresso poem em destaque a importância que os cuidados estéticos têm na actualidade, fazendo parte do bem-estar social e individual, norteados pelos princípios da excelência e elevada qualidade.
Nos dias de hoje é de grande importância o papel desenvolvido pela ANEP enquanto Associação representativa do sector na defesa dos seus associados junto dos orgãos de soberania e do Estado, visando sempre dignificar o esteticismo profissional.
Nesse sentido é, com muito agrado, que vos posso dizer termos enorme prazer de contar entre os nossos associados, com a ANEP – Associação Nacional de Esteticismo Profissional.
Muitos dos presente provavelmente não
saberão que a CPPME é uma Confederação Empresarial Portuguesa, que de há 31
anos a esta parte, vem desenvolvendo em Portugal um intenso trabalho
institucional e reivindicativo, de formação e de apoio aos Micro, Pequenos e
Médios Empresários.
Nos últimos anos, e particularmente nestes mais próximos, as
empresas portuguesas, exceptuando grandes empresas, em situação de monopólio,
sofreram impactos profundos, que as desgastaram económica e financeiramente,
conduzindo em muitos casos ao seu encerramento, tenha ele tido lugar ou não no
quadro de declaração de falência.
As causas dominantes desta erosão foram a enorme queda do poder
de compra das famílias, o brutal acréscimo do custo de diversos factores de
produção, a subida brutal da carga fiscal e da arbitrariedade da Autoridade
Tributária e Aduaneira, o aperto no acesso ao crédito (comissões, garantias,
juros e spreads) pelo sector bancário e a continuação da predação das empresas
e sectores produtivos pelos grandes grupos económicos, nomeadamente da grande
distribuição.
Um país com a economia frágil não pode ter carga fiscal pesada.
O actual quadro fiscal não proporciona sustentabilidade às empresas, não
fomenta a competitividade para o desenvolvimento nem crescimento económico e
social.
Com a desregulamentação das profissões ligadas ao cuidado da
beleza o mercado tem assistido a um proliferar de casos que têm preocupado a
ANEP, a qual nos tem feito chegar a suas apreensões face aos sucessivos
atropelos que se verificam às regras básicas de funcionamento do sector.
Nesse sentido aguardamos resposta a um pedido de audiência
formulado ao Sr. Secretário de Estado do Trabalho com o objetivo de tratar de diversas matérias
consideradas de extrema importância para a Actividade de muitos milhares de
Micro, Pequenos e Médios Empresários entre as quais incluímos a Regulamentação
de Carreira e Profissão .
A CPPME – Confederação das Micro, Pequenas e Médias Empresas, no quadro
do actual contexto político-económico, visando a saída da crise, clama uma
alteração das políticas fiscais que promova as actividades das MPME do mercado interno, potenciando a diminuição das importações e o incremento
das condições para as exportações.
A criação de dinâmicas de empreendedorismo, aumento de produtividade e
competitividade para as MPME passa por uma política fiscal assente num efetivo
regime geral simplificado, com diferenciação para as diversas actividades tendo
por base coeficientes técnico-científicos e discriminação positiva, em
particular para as actividades dos sectores primário e secundário.
É com estes objectivos que a Confederação desenvolve o seu
trabalho em defesa dos Micro e Pequenos Empresários. A CPPME defende a
aprovação de um Plano Estratégico Nacional que garanta o investimento produtivo
e dinamize o mercado interno nacional, nesse sentido temos apresentado, à
Assembleia da República e ao Governo, propostas alternativas que dinamizem a
economia e o mercado interno nacional.
Para o Orçamento de Estado de 2017, temos estado a ser recebidos
pelos diversos Grupos Parlamentares na Assembleia da República onde temos
entregue um conjunto de 30 Propostas de desagravamento fiscal para reduzir os
encargos dos Micro Pequenos e Médios Empresários.
Referirei apenas a título de exemplo, algumas medidas que a
serem implementadas, dariam já um enorme contributo para a melhoria das
condições dos Micro Empresários.
·
Extinção
do Pagamento Especial por Conta (PEC);
· Alteração
ao critério de apuramento tributário em sede de IRC/RS que penaliza os
microempresários aderentes sempre que o salário mínimo aumenta, bem como o
alargamento do tecto de adesão a este regime para 300.000€ de Volume Anual de
Negócios (VAN);
· Criação
de conta-corrente entre o Estado e as Empresas que compense os créditos entre
estes em matéria de pagamentos tributários;
·
Redução
do IVA do gás e eletricidade para a taxa existente em 2011 (6%) para todas as
atividades económicas e, diminuição da taxa do ISPP;
· Alteração
ao chamado IVA de Caixa, ou seja, a entrega de facto deste após a boa cobrança,
sem obrigação da entrega no final do ano quando não recebido;
·
Redução
progressiva da taxa geral do IVA para 18%, igualando em dois anos o tecto de
21% praticado pela confinante Espanha;
·
Reposição
total do IVA da restauração na taxa intermédia de 13%;
· Reposição
da taxa de 12,5% de IRC para as empresas com matéria colectável até 12.500,00€;
·
Reposição
das taxas mais baixas de IRC nas regiões do interior;
· Criação
de incentivo fiscal em aquisição/renovação de equipamentos modernos adaptados
às necessidades de inovação na actividade;
· Redução de IMT nos imóveis não
habitacionais adquiridos por MPME para uso próprio, num intervalo máximo de 0%
a 2%, em vez da taxa de 6,5% em vigor;
· Isenção de IMI por quatro anos
na aquisição de imobiliário não habitacional para funcionamento próprio
Acreditamos que um dia o poder político dará ouvidos à CPPME.
Não me quero alongar mais, pois é
vasto o Programa, em que áreas dos serviços pessoais, da
saúde e bem-estar são o cerne deste Congresso.
Termino expressando a convicção de que este Congresso, será um
importante contributo para o desenvolvimento da Vossa actividade Profissional.
Muito Obrigado
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