quinta-feira, 28 de junho de 2012

UMA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA NO SALÃO BRAZIL
questoesnacionais.blogspot.com – 22.06.2012

 Pelas 16h30, no Salão Brazil, foi apresentada uma conferência de imprensa promovida pela Confederação Portuguesa das Micro Pequenas e Médias Empresas (CPPME).

Perante vários jornalistas da imprensa escrita e falada–no caso a antena 1- foi espelhado pela mesa de painel o momento aflitivo que os comerciantes estão a passar.

Por parte de Pedro Soares, presidente da CPPME, foi dito que as leis do licenciamento de 2004 e a de 2009 foram catastróficas para o comércio tradicional. Sobretudo esta última, que retirou o poder de discussão às associações de classe sobre o licenciamento de novas áreas comerciais. “É uma pena!” – Lamentou. “O que se faz nos centros comerciais, a nível de revitalização, deveria ser feito nas nossas ruas. Há que trazer as marcas para as ruas, para o comércio, caso contrário, não vamos lá! Se não formos todos juntos, porque somos muitos, não conseguiremos dar a volta a esta situação. Reparem que já desapareceram as lojas de discos e as de brinquedos. Estes sectores praticamente já não existem nas baixas das cidades. Agora só nas grandes áreas. Enquanto houver um micro-empresário a vender um parafuso a grande superfície não descansa.”

 Com base na peça da Lusa 22 Jun, 2012, 19:26
A Confederação Portuguesa das Micro Pequenas e Médias Empresas (CPPME) reclamou hoje em Coimbra alguma flexibilidade temporal para a entrega do IVA para ajudar à sobrevivência das empresas em tempo de crise.

 "Estamos a pedir tempo para sobreviver. Não estamos a pedir dinheiro, mas tempo para pagar", afirmou, em conferência de imprensa, Arménio Pratas, do Núcleo de Coimbra da confederação.

Para o dirigente, é necessário que aos empresários seja dada a possibilidade de entregar  o IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) não num dia fixo mas ao longo do mês a que diz respeito, para ir ao encontro das disponibilidades de tesouraria, e evitar o incumprimento.

Em simultâneo a Confederação reclama que sejam suspensas as penhoras em curso, pois o incumprimento das dívidas está a levar a que estes micro, pequenos e médios empresários percam as suas próprias casas.

"Se não fizerem nada para nos defenderem vai tudo à falência", sublinhou Arménio Pratas, frisando que estas medidas que reclamam "são fundamentais", quer para o comércio, quer para a indústria.

João Pedro Soares, presidente CPPME recordou que este tipo de empresariado abarca 100 mil empresas e que as MPME´s totalizam cerca de 99 por cento das existentes em Portugal.

Realçou que estas empresas são aquelas que dinamizam o mercado interno, que compram e fazem comprar em Portugal, e que tem uma função essencial para a recuperação da economia, a par das exportadoras.

O presidente da confederação defendeu também que a entrega do IVA ao Estado seja feito apenas após a boa cobrança, pois muitas vezes acontece que as empresas o fazem antes de o receberem das vendas, por atrasos nos pagamentos.

Preconizou ainda que a Caixa Geral de Depósitos, enquanto banco público, "seja diferenciadora" na concessão do crédito.

Com as exigências praticadas no setor bancário estes empresários não conseguem aceder ao crédito para se poderem candidatar aos programas de apoio existentes com fundos comunitários, explicou João Pedro Soares.


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