Enviado a várias entidades, entre as quais Governo, Grupos Parlamentares, Comunicação Social
OS
ERROS …
A
CPPME tem visto nos últimos dias confirmarem-se as piores
expectativas para o presente e futuro da economia Portuguesa, tal
como sempre alertou. Primeiro, através das previsões de quebra no
PIB (cerca de 3%), já especialmente sentidas e comprovadas pelas
MPME´s do mercado interno nacional. Depois, na descida da receita
efectiva do Estado (2,2%) face ao período homólogo de 2011, que
comprova clara quebra da actividade económica, em especial através
da redução da receita proveniente do IVA, num contexto generalizado
de queda de receita dos impostos indirectos, que não têm ainda
valores definitivos por haver discrepância entre os números
apresentados pelo governo (Direcção Geral do Orçamento) e a
Unidade Técnica de Apoio Orçamental, que dobra o valor negativo
anunciado pela DGO, isto é, dos 3,5% para os 6,8%. Por último, pela
aceleração continua da taxa oficial de desemprego que já se situa
em gravíssimos 15,2%, sendo também um dos instrumentos no aumento
da despesa pública, que efectivamente subiu 2,6% comparativamente
com os primeiros quatro meses do ano passado, de acordo com os dados
oficiais.
O
dia de segunda-feira foi fértil em declarações governativas, que
atestam que o caminho escolhido é para continuar, mesmo que se
agravem ainda mais os resultados acima descritos. De manhã, o
Ministro das Finanças, entre outras matérias, referiu-se ao facto
da Banca vir a ser capitalizada no sentido de financiar a economia e
alertou que o Banco de Portugal “está atento à necessidade de não
permitir recursos a empresas inviáveis para que o crédito esteja
disponível para empresas com futuro” …
A
CPPME, questiona desde já : Sr. Ministro, para si o que são
empresas com futuro ? Apenas as exportadoras ? O que fazer então a
sectores inteiros que pelas suas características nunca serão
exportadores ?
À
noite, foi vez do Primeiro – Ministro vir dizer que os “Portugueses
já não estão à beira do abismo”, o que parece contrariar todos
os números apresentados e sobretudo denota um total desconhecimento
do estado actual da generalidade das MPME´s deste país, que passam
por dificuldades jamais sentidas, sobretudo pela prioridade
exacerbada que se está a dar só e apenas ao sector exportador, mas
que, por si só, nunca poderá sozinho servir de alavanca a uma
economia no estado da Portuguesa.
Estes
erros sistemáticos estão liquidar todas as possibilidades da
economia nacional poder vir a sobreviver. A CPPME, continua a afirmar
e a sublinhar que a receita passa pela produção de investimento
estratégico na dinamização de todo mercado interno nacional, desde
o terciário, ao primário, passando pelo industrial secundário,
onde se situam a esmagadora maioria das empresas nacionais (MPME´s),
independentemente das exportações terem papel importante.
João Pedro Soares
Presidente da Direcção
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