Confederação defende acerto de contas entre
Governo e empresas credoras
em 2 de Maio, às 18:45 (Diário da Madeira)
O Secretário-geral da CPPME está na Madeira para contactar com empresários, associados e associações empresariais.
A ACIF convidou CPPME e os seus associados a participarem na ExpoMadeira.
O
Estado e o Governo regional deviam fazer um acerto de contas com as empresas
credoras, evitando assim que muitas delas não encerrem ou atravessem
dificuldades financeiras desnecessárias para cumprir as suas obrigações
fiscais. A proposta é do secretário-geral da Confederação Portuguesa das Micro,
Pequenas e Médias Empresas – CPPME, que se encontra de visita à Madeira para
contactar com associações empresariais, comerciantes e associados a fim de se
inteirar de qual é a realidade regional.
No
entender de José Brinquete existem sectores, como o turismo, que “devem ser
acarinhados” e ter “mais apoios do Governo”, porque são sectores de exportação,
como tal importantes para a economia regional e nacional.
A
exportação é, na sua opinião, a solução para muitas empresas nacionais, mas
para que tal aconteça são necessários apoios e a regularização das dívidas do
Estado. “Não faz sentido nenhum que o Estado deva às empresas e depois as
obrigue a pagar o que devem, mas não pague o que deve. No caso do IVA é
flagrante. O empresário que não pague o IVA, no dia seguinte é logo agravado em
30% mais 1.”
A
solução e desafio lançado pelo secretário-geral da CPPME é que “quando uma
empresa deve e o Estado também lhe deve, deve haver um acerto de contas e isso
é perfeitamente possível”.
Em
relação a esta visita à Madeira, explicou José Brinquete, tem como principal
objectivo “contactar com os associados” madeirenses e, em segundo lugar,
“aproveitar a vinda para nos encontrarmos com associações congéneres”. A
primeira desta reuniões teve lugar hoje com a ACIF. A próxima acontece amanhã
com a direcção da ACS.
Além
deste contactos com as associações empresariais, a comitiva da CPPME vai
dedicar a manhã de amanhã para fazer contactos com o comércio local na baixa da
capital madeirense. “Nós não só queremos conhecer mais de perto os problemas da
Madeira, como queremos dar a conhecer as propostas que temos”.
Dos
primeiros contactos realizados ao longo do dia de hoje ficou a ideia de que a
realidade regional é muito idêntica à nacional. O mesmo acontece em relação às
insolvências de empresas, as quais têm crescido significativamente nos últimos
meses.
Neste
momento, afirmou José Brinquete, a CPPME ainda não tem nenhum protocolo
assinado com associações empresariais regionais, no entanto, a ideia é criar um
núcleo ou um acordo com uma associação madeirense. O primeiro passo nesse
sentido, diz, pode acontecer já na próxima ExpoMadeira, uma mostra para a qual
a ACIF convidou a CPPME e os seus associados a estarem presentes.
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