OS ECOS DA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
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Porto, 22 ago (Lusa) -- A Confederaçäo Portuguesa das Micro,
Pequenas e Médias Empresas (CPPME) admitiu hoje "vir para a rua com
protestos, vigílias e outras soluçöes"devido à "grave situaçäo"
da classe, que está a ser "completamente absorvida pelos interesses das
grandes empresas".
"Anossa direçäo
nacional está a avaliar a possibilidade de virmos para a rua com protestos,
vigílias e outras soluçöes, seja em consonância com outras organizaçöes ou
sozinha, porque é toda uma classe profissional que está a ser completamente
absorvida por outros interesses, nomeadamente das grandes empresas nacionais e
transnacionais, que já se däo ao desplante de inventar 'plafonds'para o uso de
cartöes de débito", afirmou à agência Lusa o presidente da direçäo da
confederaçäo.
Segundo Joäo Pedro
Soares, "säo as micro, pequenas e médias empresas, responsáveis por 99,7 por
cento do tecido empresarial nacional, quem está a levar por tabela com todo o
panorama de crise": "Todo o circuito interno nacional, desde a construçäo
civil ao pequeno comércio, à indústria e restauraçäo está brutalmente deprimido",
sustentou.
Para a CPPME, impöem-se "outro tipo de soluçöes que näo
as que estäo a levar o país ao negativismo absoluto e à rotura completa da
própria economia".
Como exemplos, avança a "discriminaçäo positiva das
micro e pequenas empresas", nomeadamente ao nível da fiscalidade, com a
extinçäo do pagamento especial por conta e a introduçäo do "IVA de
caixa" (pagamento do IVA ao Estado apenas após boa cobrança) e isençöes no
Imposto Municipal sobre Imóveis [IMI] "para empresas que apostem em locais
de funcionamento próprio".
Paralelamente, sustenta Joäo Pedro Soares, "o pequeno
comércio tem que ser alavancado,depois de nos últimos 20 anos a aposta ter sido
nas marcas globais, nos megacentros comerciais e na grande distribuiçäo, o que
apenas trouxe importaçäo atrás de importaçäo".
"As micro e pequenas empresas continuam a alavancar
aquilo que é essencial, que é a indústria nacional, e é com essa que Portugal
tem que voltar a produzir para poder ganhar consistência internamente e nos
mercados externos, que têm que ser um complemento e näo, por si só, a
estratégia", defendeu.
Para a CPPME, "tem que haver a alavancagem total do
mercado interno nacional", até porque "a fatia de empresas que
exportam é mínima".
No centro das preocupaçöes da confederaçäo está ainda o
acesso ao crédito por parte das micro e pequenas empresas que, "por mais
viáveis que sejam, continuam a näo passar as baias dos 'scorings'
bancários".
PD.
Lusa/fim
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