quinta-feira, 23 de agosto de 2012

OS ECOS DA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA



  
http://expresso.sapo.pt/pme-pequenos-empresarios-podem-sair-a-rua-em-protesto-pela-crise-que-domina-a-classe=f748306


Porto, 22 ago (Lusa) -- A Confederaçäo Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) admitiu hoje "vir para a rua com protestos, vigílias e outras soluçöes"devido à "grave situaçäo" da classe, que está a ser "completamente absorvida pelos interesses das grandes empresas". 

  "Anossa direçäo nacional está a avaliar a possibilidade de virmos para a rua com protestos, vigílias e outras soluçöes, seja em consonância com outras organizaçöes ou sozinha, porque é toda uma classe profissional que está a ser completamente absorvida por outros interesses, nomeadamente das grandes empresas nacionais e transnacionais, que já se däo ao desplante de inventar 'plafonds'para o uso de cartöes de débito", afirmou à agência Lusa o presidente da direçäo da confederaçäo.    

  Segundo Joäo Pedro Soares, "säo as micro, pequenas e médias empresas, responsáveis por 99,7 por cento do tecido empresarial nacional, quem está a levar por tabela com todo o panorama de crise": "Todo o circuito interno nacional, desde a construçäo civil ao pequeno comércio, à indústria e restauraçäo está brutalmente deprimido", sustentou.    

 Para a CPPME, impöem-se "outro tipo de soluçöes que näo as que estäo a levar o país ao negativismo absoluto e à rotura completa da própria economia".  

 Como exemplos, avança a "discriminaçäo positiva das micro e pequenas empresas", nomeadamente ao nível da fiscalidade, com a extinçäo do pagamento especial por conta e a introduçäo do "IVA de caixa" (pagamento do IVA ao Estado apenas após boa cobrança) e isençöes no Imposto Municipal sobre Imóveis [IMI] "para empresas que apostem em locais de funcionamento próprio".   

 Paralelamente, sustenta Joäo Pedro Soares, "o pequeno comércio tem que ser alavancado,depois de nos últimos 20 anos a aposta ter sido nas marcas globais, nos megacentros comerciais e na grande distribuiçäo, o que apenas trouxe importaçäo atrás de importaçäo". 

 "As micro e pequenas empresas continuam a alavancar aquilo que é essencial, que é a indústria nacional, e é com essa que Portugal tem que voltar a produzir para poder ganhar consistência internamente e nos mercados externos, que têm que ser um complemento e näo, por si só, a estratégia", defendeu. 

Para a CPPME, "tem que haver a alavancagem total do mercado interno nacional", até porque "a fatia de empresas que exportam é mínima". 

No centro das preocupaçöes da confederaçäo está ainda o acesso ao crédito por parte das micro e pequenas empresas que, "por mais viáveis que sejam, continuam a näo passar as baias dos 'scorings' bancários". 

  PD.
Lusa/fim

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