segunda-feira, 9 de novembro de 2020


 OS MPME CONTINUAM MUITO PREOCUPADOS

É com apreensão que a Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) vê as últimas medidas resultantes da reunião Extraordinária de Conselho de Ministros, validadas pelo decretado Estado de Emergência, em que o país se encontra desde hoje.

Os comerciantes, a restauração, outros sectores, os seus trabalhadores e suas famílias estão a viver momentos muito difíceis, de fortes quebras de rendimentos, de insegurança, de restrições de circulação e tantas outras. Alegadamente tudo em nome da saúde pública.

O Governo insiste em não ouvir as propostas da Confederação e toma medidas que poderão levar à morte acelerada de muitos milhares de micro e pequenos empresários que são o pulmão da nossa economia.

Agora, com estas medidas, podemos assistir à morte anunciada de restaurantes, mas também de outros setores do comércio local e de proximidade.

As novas regras, sobretudo o recolher obrigatório ao fim-de-semana a partir das 13h00 parecem-nos um absurdo. Para além de fechar os estabelecimentos comerciais, nomeadamente da restauração, dias muito importantes para o negócio, vai levar a uma concentração exagerada de pessoas, em particular nas grandes superfícies, precisamente as que há muito a CPPME defende que deviam encerrar ao domingo e, onde o aumento do risco de contaminação é maior.

O comércio local, a restauração e os serviços têm cumprido exemplarmente as regras definidas pela Direcção Geral de Saúde (DGS).

A CPPME defende uma maior fiscalização, por parte das entidades competentes e que efetivamente se puna quem não cumpre. Defendemos um alargamento de horários, para evitar concentração de pessoas. Defendemos que se trate cada sector de actividade com as suas especificidades.

A CPPME, consciente de que é imperioso travar a pandemia, também considera imperioso que não se mate a economia. O drama social será enorme se matarmos a economia.

A CPPME reitera, mais uma vez, as propostas que apresentou à Assembleia da República, ao Governo e ao Senhor Presidente da República, por serem estruturantes e abrangentes a todos os sectores da actividade económica.

Seixal, 9 de Novembro de 2020

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