É com apreensão que a
Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) vê as
últimas medidas resultantes da reunião Extraordinária de Conselho de Ministros,
validadas pelo decretado Estado de Emergência, em que o país se encontra desde
hoje.
Os comerciantes, a restauração,
outros sectores, os seus trabalhadores e suas famílias estão a viver momentos
muito difíceis, de fortes quebras de rendimentos, de insegurança, de restrições
de circulação e tantas outras. Alegadamente tudo em nome da saúde pública.
O Governo insiste em não ouvir as
propostas da Confederação e toma medidas que poderão levar à morte acelerada de
muitos milhares de micro e pequenos empresários que são o pulmão da nossa
economia.
Agora, com estas medidas, podemos
assistir à morte anunciada de restaurantes, mas também de outros setores do
comércio local e de proximidade.
As novas regras, sobretudo o
recolher obrigatório ao fim-de-semana a partir das 13h00 parecem-nos um
absurdo. Para além de fechar os estabelecimentos comerciais, nomeadamente da
restauração, dias muito importantes para o negócio, vai levar a uma
concentração exagerada de pessoas, em particular nas grandes superfícies,
precisamente as que há muito a CPPME defende que deviam encerrar ao domingo e,
onde o aumento do risco de contaminação é maior.
O comércio local, a restauração e
os serviços têm cumprido exemplarmente as regras definidas pela Direcção Geral
de Saúde (DGS).
A CPPME defende uma maior fiscalização,
por parte das entidades competentes e que efetivamente se puna quem não cumpre.
Defendemos um alargamento de horários, para evitar concentração de pessoas.
Defendemos que se trate cada sector de actividade com as suas especificidades.
A CPPME, consciente de que é
imperioso travar a pandemia, também considera imperioso que não se mate a
economia. O drama social será enorme se matarmos a economia.
A CPPME reitera, mais uma vez, as
propostas que apresentou à Assembleia da República, ao Governo e ao Senhor
Presidente da República, por serem estruturantes e abrangentes a todos os
sectores da actividade económica.
Seixal, 9 de Novembro de 2020
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