Pela “sorrelfa”
mais um saque fiscal!
As Micro e Pequenas
Empresas - MPE são mais de 98% do universo empresarial português e necessitam
com frequência para tratar de assuntos das suas actividades de fazer prova da
sua legalidade, o que passa sempre pela apresentação da Certidão Permanente do
Registo Comercial, conforme artigo 75, nº5 do Código Comercial.
Quando da entrega
anual do IES - Informação Empresarial Simplificada, após o pagamento deste, era
emitida certidão válida por um ano até à entrega seguinte.
Para 2013, em surdina,
foi alterada a validade para três meses, o que só é constatado quando as MPE –
Micro e Pequenas Empresas necessitam, via internet, de obter a Certidão
Permanente e se deparam com a informação de inexistência de certidão activa,
logo, sem se saber porquê passa a ser obrigatória a activação de novo código de
certidão, porque, ao que se constata, o mecanismo foi modificado através de
alteração ao Decreto-lei 8/2007, passando a haver um custo de 25 euros, isto
para além do pagamento da entrega do IES que continua igual. Assim o universo
das Micro e Pequenas Empresas, que é de cerca de 300.000, paga mais 31,25%. Com
esta manobra o Governo, à custa das MPE, arrecada mais cerca de 7,5 milhões de
euros.
Entretanto e perante
várias diligências - feitas pela CPPME para ser esclarecida sobre a matéria -
uma Conservatória do Registo Predial e Comercial informa o seguinte: “Informo que a certidão em suporte papel
custa 30 euros até 10 páginas, acresce a esta importância 1 euro por cada
página a mais e é valida por seis meses, conforme art.º 75, nº2 do Código do
Registo Comercial. A assinatura da certidão permanente por um ano - 25 Euros, 2
anos - 40 Euros, 3 anos - 60 Euros e 4 anos -70 Euros. Os valores mencionados
fazem parte do Regulamento dos Registos e Notariado artigo 22 nºs 13.4 e 13.5”.
A CPPME perplexa com
esta informação pergunta:
Como pode ser passada
uma certidão por 2, 3, 4 anos se o IES que demonstra não serem ou serem os
capitais positivos ou negativos é entregue anualmente, bem como o comprovativo
das contas?
Perante
mais este esbulho às MPE, a CPPME denúncia e protesta contra esta nova taxa e,
Exige a reposição
urgente da anterior situação e acrescenta que não faz qualquer sentido pagar
pela entrega do IES, quando esta é uma base de apoio para o fisco analisar a
situação real das empresas.
Seixal, 03 de Junho
de 2014
O Executivo da Direcção da CPPME
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