segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

NOTA DE IMPRENSA


O Executivo da Direcção da CPPME, na sua última reunião (9jan.2020), fez o balanço da recente ronda de reuniões com os Grupos Parlamentares da Assembleia da República e analisou a proposta do Orçamento de Estado para 2020, apresentada pelo Governo da República, decidindo tornar público três notas.

Reunião com os Grupos Parlamentares – A CPPME reuniu, até agora, com os Grupos Parlamentares CDS, PSD, PS, PCP, BE e PEV, aguardando uma proposta de dia e hora por parte do BE. A todos apresentou as “25 Propostas da CPPME para uma Economia Sustentável e Dinâmica”. A CPPME regista com agrado e simpatia o reconhecimento do papel da Confederação na defesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) e seus Empresários e a adesão a muitas das suas propostas. É com expectativa e interesse que a CPPME espera que algumas dessas propostas possam ser apresentadas pelos respectivos Grupos Parlamentares, no período de discussão na especialidade, do OE/2020, que agora se inicia.
Proposta de Orçamento de Estado 2020 – Da análise efectuada à proposta de OE/2020 apresentada pelo Governo, conclui-se que, no formato apresentado, nem responde aos anseios dos MPME, nem da economia, nem do País. A par de um conjunto de autorizações legislativas, essas igualmente preocupantes. A proposta de OE refere escassas medidas, nomeadamente:

i)                    As MPME localizadas no Interior do País terão o alargamento do limite da matéria colectável de IRC para 25 mil euros para a aplicação da taxa reduzida de 12,5%;

ii)                  Alarga-se o limite de 15 mil euros para 25 mil euros de matéria colectável de IRC que pode beneficiar da taxa reduzida de 17%;

iii)                Na dedução por lucros retidos e reinvestidos, o prazo de investimento é alargado de três para quatro anos e há um aumento do montante máximo destes mesmos lucros retidos e reinvestidos de 10 milhões para 12 milhões de euros;

iv)                Uma ou outra pequena medida sobre Tributações Autónomas.

Ora, como se sabe:



i)                    Cerca de 80% das empresas do Interior do País estão isentas de IRC, dadas as suas debilidades económicas e financeiras (o que as micro e pequenas empresas do Interior do País precisam verdadeiramente será de medidas estruturantes e diversificadas, onde o investimento público deverá ter um importante papel);

ii)                   A dedução dos lucros retidos e reinvestidos interessa sobretudo às grandes empresas e a algumas médias;

iii)                As tributações autónomas precisam de uma reforma profunda, como aliás a CPPME propõe.



Audiência com Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro de Portugal – A CPPME solicitou uma Audiência ao Senhor Primeiro-Ministro, Dr. António Costa, com carácter de urgência, em 7 de novembro de 2019, logo que tomou posse. A Confederação aguarda a confirmação desta Audiência, por forma a que, de viva voz, possa apresentar ao Primeiro-Ministro os candentes problemas dos Micro, Pequenos e Médios Empresários que, no tecido empresarial português não financeiro, representam cerca de 99,8%.

Seixal, 10 de janeiro de 2020

A enviar:
- Senhor Presidente da República Portuguesas
- Senhor Primeiro-Ministro de Portugal
- Senhor Presidente da Assembleia da República Portuguesa
- Grupos Parlamentares da Assembleia da República Portuguesa
- Aos Órgãos de Comunicação Social Portugueses


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