Orçamento Estado para 2018
fica aquém das necessidades dos
MPME
A CPPME reunida em
Assembleia-Geral, no dia 13 de Dezembro de 2017, na sua Sede Nacional, no
Seixal, aprovou o Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2018.
A Assembleia-Geral da CPPME
analisou ainda o Orçamento de Estado para 2018 (OE/2018) e suas consequências
para as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), tendo concluído o seguinte:
1.
O
OE/2018 fica aquém das necessidades dos MPME e da economia nacional, dado que a
previsão diminuta do investimento público e privado, as medidas de redução da
brutal carga fiscal e outras medidas que se impunham na actual conjuntura, não
respondem ao que se esperava, nem tão pouco às
necessidades do País.
2.
A
CPPME não esquece que no ano que agora termina (2017) foram conseguidas algumas
vitórias para as MPME como sejam a redução do Pagamento Especial por Conta
(PEC) e a sua extinção, a partir de 1 de Janeiro de 2019 (cerca de um milhão de empresas
abrangidas), assim como,
a redução do IVA da Restauração de 23 para 13%, nos produtos confeccionados (cerca de 75.725 empresas abrangidas). Nesta linha era sua legítima expectativa,
que para o ano de 2018 o Governo prosseguisse medidas que permitissem
desenvolver a economia e dar mais sustentabilidade às MPME.
3.
Das
escassas medidas aprovadas, com incidência directa nas MPME, refere-se: i) A criação de um mecanismo de acerto
de contas entre o Estado e as Empresas (IVA e IRC) que, embora ainda limitado,
vai ao encontro de uma reivindicação antiga das MPME; ii) O alargamento da isenção às MPME
da obrigação de recorrer ao Revisor Oficial de Contas (ROC), aumentando o valor
do volume de negócios a partir do qual é exigida a revisão legal de contas para
3 milhões de euros, reduzindo desta forma os custos administrativos que muitas
Pequenas Empresas enfrentam na
recuperação do IVA; iii) A redução do IVA de instrumentos
musicais de 23 para 13%.
4. Por outro lado, para a CPPME, não é
indiferente a um conjunto de outras medidas de reposição do poder de compra dos
portugueses que, embora tímidas, em muito contribuirão para a melhoria da
sustentabildiade das MPME, já que a esmagadora maioria das Micro e Pequenas
Empresas labora para o mercado interno nacional. Trata-se das seguintes medidas: i) Reposição dos salários da Administração Pública; ii) Aumento extraordinário das
reformas; iii) Eliminação
dos cortes do subsídio de desemprego; iv)
Apoio aos desempregados de longa duração; v)
Valorização do abono de família; vi)
Desagravamento fiscal, em sede de IRS, para os rendimentos mais baixos e
intermédios. Estas medidas permitirão que durante o ano de 2018 mais 2,5 mil
milhões de euros entrarão no bolso dos portugueses.
5. Refira-se também a publicação do
Regime Simplicado de IRS, que se tornou menos grave com o alargamento do plafond
máximo de isenção para 27 mil euros, alterando o inicialmente proposto, mas que
não deixa de trazer mais burocracia e maior encargo administrativo aos Micro
Empresários.
Por último, a CPPME reafirma a sua determinação de
continuar a reclamar, junto da Assembleia da República e do Governo, pela
aprovação e implementação das “18
Medidas para uma Economia Sustentável e Dinâmica” que, nos meses de Outubro e Novembro, apresentou a
todos os Grupos Parlamentares (em sede da Assembleia da República).
Seixal, 13 de Dezembro de 2018
A
Assembleia-Geral da CPPME
Desta
posição da CPPME será dado conhecimento:
- Aos Órgãos de Comunicação Social
- A sua Excelência o Senhor Presidente da República
- A todos os Grupos Parlamentares (CDS, PSD, PAN, PS, BE,
PEV, PCP)
- Ao Governo
- Às suas Associadas e Associados
- Às Associações não Associadas
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