quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Assembleia da República aprovou a 21 Dezembro 2017, o "Programa de desburocratização e apoio às micro, pequenas e médias empresas"
   

A Assembleia da República aprovou (ver votação em baixo) o Projecto de Resolução 829/XIII * cujo texto integral pode ser lido aqui e do qual a CPPME destaca:

«A Assembleia da República, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomenda ao Governo a concretização de um programa de desburocratização e apoio às micro, pequenas e médias empresas, que determine:

a) A criação de um regime de conta-corrente entre as micro, pequenas e médias empresas (MPME) e o Estado que alivie a tesouraria das empresas e que, no caso de serem detentoras de crédito sobre o Estado, permita o acerto das suas obrigações tributárias;

b) A adopção de medidas para que as linhas de crédito para as MPME anunciadas pelo Governo (Linha “Micro e Pequenas Empresas”; Linha “Fundo de maneio”; Linha “Plafond de tesouraria”; Linha “Investimento geral”; Linha “Investimento de projectos 2020”) sejam concretizadas com o acompanhamento do IAPMEI em articulação com o IEFP, quer na resolução de possíveis obstáculos à sua contratualização pelas empresas quer no controlo das condições, prazos e juros exigidos pela agências de crédito, que devem traduzir de forma efectiva o volume de fundos públicos disponibilizados para a sua bonificação;

c) A adequação do Quadro Comunitário Portugal 2020, no âmbito da sua reprogramação, considerando programas específicos, com plafonds próprios e exclusivos, para as micro e pequenas empresas;

d) A definição de um programa de valorização das MPME, estabelecendo a sua prioridade, no âmbito da contratação pública e funcionamento das Centrais de Compra do Estado;

e) A urgente concretização do anunciado Cheque MPME, obrigando à determinação dos impactos e custos (fiscais, administrativos, de mercados, etc.) em todos os processos legislativos e normativos dos poderes públicos;

f) A intervenção junto do sector financeiro, junto do Banco de Portugal e por intermédio do banco público, Caixa Geral de Depósitos, no sentido do estudo e promoção de uma substancial redução dos encargos das MPME com comissões, despesas de manutenção e outros custos administrativos aplicados pela banca comercial;

g) A criação no âmbito do IAPMEI de um Serviço de Apoio aos Micro e Pequenos Empresários, estrutura dedicada com o objetivo de resolver, orientar e sistematizar dificuldades, estrangulamentos e problemas das micro e pequenas empresas na sua relação com serviços da Administração Central, nomeadamente no acesso a programas públicos para o sector;

h) A criação no âmbito dos programas da Administração Central para a promoção da eficiência energética de um programa específico e de apoios majorados para as MPME, em simultâneo com o desenvolvimento pelo IAPMEI, DGEG e ADENE de um balcão próprio para a sua concretização.»

2017-12-21 |  Votação Deliberação

  • Votação na Reunião Plenária n.º 30, Ponto a) Aprovado por Unanimidade 

  • Votação na Reunião Plenária n.º 30, Pontos d), e), f), Aprovado 
  • A Favor: PSBEPCPPEV
  • Abstenção: PSDCDS-PPPAN 
  • Votação na Reunião Plenária n.º 30, Restantes pontos, Aprovado
  •  A Favor: PSDPSBEPCPPEVPAN
  • Abstenção: CDS-PP
                                      BOAS FESTAS


                          BOM ANO NOVO - 2018

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017


Orçamento Estado para 2018
fica aquém das necessidades dos MPME

A CPPME reunida em Assembleia-Geral, no dia 13 de Dezembro de 2017, na sua Sede Nacional, no Seixal, aprovou o Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2018.
A Assembleia-Geral da CPPME analisou ainda o Orçamento de Estado para 2018 (OE/2018) e suas consequências para as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), tendo concluído o seguinte:

1.    O OE/2018 fica aquém das necessidades dos MPME e da economia nacional, dado que a previsão diminuta do investimento público e privado, as medidas de redução da brutal carga fiscal e outras medidas que se impunham na actual conjuntura, não respondem ao que se esperava, nem tão pouco às necessidades do País.

2.    A CPPME não esquece que no ano que agora termina (2017) foram conseguidas algumas vitórias para as MPME como sejam a redução do Pagamento Especial por Conta (PEC) e a sua extinção, a partir de 1 de Janeiro de 2019 (cerca de um milhão de empresas abrangidas), assim como, a redução do IVA da Restauração de 23 para 13%, nos produtos confeccionados (cerca de 75.725 empresas abrangidas). Nesta linha era sua legítima expectativa, que para o ano de 2018 o Governo prosseguisse medidas que permitissem desenvolver a economia e dar mais sustentabilidade às MPME.

3.    Das escassas medidas aprovadas, com incidência directa nas MPME, refere-se: i) A criação de um mecanismo de acerto de contas entre o Estado e as Empresas (IVA e IRC) que, embora ainda limitado, vai ao encontro de uma reivindicação antiga das MPME; ii) O alargamento da isenção às MPME da obrigação de recorrer ao Revisor Oficial de Contas (ROC), aumentando o valor do volume de negócios a partir do qual é exigida a revisão legal de contas para 3 milhões de euros, reduzindo desta forma os custos administrativos que muitas Pequenas Empresas enfrentam na recuperação do IVA; iii) A redução do IVA de instrumentos musicais de 23 para 13%.

4.    Por outro lado, para a CPPME, não é indiferente a um conjunto de outras medidas de reposição do poder de compra dos portugueses que, embora tímidas, em muito contribuirão para a melhoria da sustentabildiade das MPME, já que a esmagadora maioria das Micro e Pequenas Empresas labora para o mercado interno nacional. Trata-se das seguintes medidas: i) Reposição dos salários da Administração Pública; ii) Aumento extraordinário das reformas; iii) Eliminação dos cortes do subsídio de desemprego; iv) Apoio aos desempregados de longa duração; v) Valorização do abono de família; vi) Desagravamento fiscal, em sede de IRS, para os rendimentos mais baixos e intermédios. Estas medidas permitirão que durante o ano de 2018 mais 2,5 mil milhões de euros entrarão no bolso dos portugueses.

5.    Refira-se também a publicação do Regime Simplicado de IRS, que se tornou menos grave com o alargamento do plafond máximo de isenção para 27 mil euros, alterando o inicialmente proposto, mas que não deixa de trazer mais burocracia e maior encargo administrativo aos Micro Empresários.

Por último, a CPPME reafirma a sua determinação de continuar a reclamar, junto da Assembleia da República e do Governo, pela aprovação e implementação das “18 Medidas para uma Economia Sustentável e Dinâmica” que, nos meses de Outubro e Novembro, apresentou a todos os Grupos Parlamentares (em sede da Assembleia da República).

Seixal, 13 de Dezembro de 2018

A Assembleia-Geral da CPPME



Desta posição da CPPME será dado conhecimento:

- Aos Órgãos de Comunicação Social
- A sua Excelência o Senhor Presidente da República
- A todos os Grupos Parlamentares (CDS, PSD, PAN, PS, BE, PEV, PCP)
- Ao Governo
- Às suas Associadas e Associados
- Às Associações não Associadas




terça-feira, 5 de dezembro de 2017


             
SETÚBAL        
Aceda ao video ao clicar neste titulo.   
        CPPME Colóquio Debate                     










segunda-feira, 4 de dezembro de 2017


Na passada quinta-feira, dia 30 de Novembro de 2017, pelas 15H00, no Auditório do NNIES, em Setúbal, por iniciativa da CPPME, APERSA E ACISBM realizou-se um Colóquio/Debate sobre o OE/2018, seguido de debate.
  
A iniciativa contou com o apoio e patrocínio da Câmara Municipal de Setúbal, tendo nela participado a Vereadora Eugénia Silveira, responsável pela Divisão de Actividades Económicas e Serviços Urbanos (DIAES).

Coube ao orador convidado, Dr. José Lourenço, Economista, a intervenção de fundo, a qual teve a seguinte estrutura: 

·          A importância das Micro e Pequenas e Médias Empresas (MPME) na Economia Nacional
·          Que consequências sobre as Micro e Pequenas e Médias Empresas (MPME) poderá ter o OE 2018, agora aprovado?
1.     No Ambiente Económico e Social
2.     Na Fiscalidade
3.     Nos Custos fixos e de Contexto
4.     No Crédito Bancário
5.     Nos Fundos Comunitários
6.     No Investimento Público e Privado
O evento teve como Moderador o Dr. Afonso Luz, Economista e Vice-Presidente da CPPME. 
 
Usaram ainda da palavra: o Presidente da APERSA, José Ligeiro, empresário do ramo da Restauração, Bebidas e Similares; e, o Presidente da ACISBM, Rogério Pinheiro, empresário na área dos cabeleireiros e salões de beleza.